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(Questão 1 de 5) De acordo com Marcos Meier e Sandra Garcia (2007), inspirados por Feuerstein, um critério de mediação relevante para promover competências socioemocionais na sala de aula é a INDIVIDUAÇÃO e DIFERENCIAÇÃO PSICOLÓGICA.
O que isso significa?
O professor deve oferecer apoio aos alunos na identificação de suas tarefas e auxiliar seus planejamentos.
O professor deve estimular e reforçar sempre o clima de colaboração dentro da sala de aula, propondo trabalhos em grupo que envolvam ajuda mútua e resolução de problemas por meio da comunicação.
As diferenças e individualidades devem ser valorizadas pelo professor dentro de sala de aula, assim, os alunos entenderão que devem respeitar o outro como ele é, em sua individualidade.
O professor deve estimular os alunos a buscarem sempre conhecer mais, por meio de situações desafiadoras e que incentivem a descoberta.
Comentário sobre a questão 1:
O professor deve oferecer apoio aos alunos na identificação de suas tarefas, estimular o trabalho em grupo e a colaboração, valorizar as diferenças e individualidades dos alunos, e incentivar a busca pelo conhecimento por meio de situações desafiadoras. Essas atitudes ajudam a promover o desenvolvimento das competências socioemocionais na sala de aula.
(Questão 2 de 5) O trecho a seguir foi extraído da BNCC. Trata-se do parágrafo de abertura do tópico que trata do processo de alfabetização.

“Embora, desde que nasce e na Educação Infantil, a criança esteja cercada e participe de diferentes práticas letradas, é nos anos iniciais (1º e 2º anos) do Ensino Fundamental que se espera que ela se alfabetize. Isso significa que a alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. Nesse processo, é preciso que os estudantes conheçam o alfabeto e a mecânica da escrita/leitura – processos que visam a que alguém (se) torne alfabetizado, ou seja, consiga “codificar e decodificar” os sons da língua (fonemas) em material gráfico (grafemas ou letras), o que envolve o desenvolvimento de uma consciência fonológica (dos fonemas do português do Brasil e de sua organização em segmentos sonoros maiores como sílabas e palavras) e o conhecimento do alfabeto do português do Brasil em seus vários formatos (letras imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas), além do estabelecimento de relações grafofônicas entre esses dois sistemas de materialização da língua.” (p.87-88)

Assinale a alternativa que É DIFERENTE da concepção de alfabetização adotada na BNCC, expressa no conjunto de habilidades propostas para o primeiro e segundo anos:

A alfabetização requer o conhecimento do funcionamento da escrita alfabética, identificando as relações entre sons e letras.
A alfabetização inclui também aprender a ortografia correta do português do Brasil pelo estudante, trata-se de um processo de construção de conhecimentos sobre o funcionamento fonológico da língua.
A alfabetização requer, além da compreensão do sistema de escrita alfabética, a interação com práticas de linguagem diversificadas, ampliando a participação das crianças em eventos de letramento, com diversas finalidades sociocomunicativas.
Alfabetização requer o desenvolvimento de habilidades viso-motoras, de memória e de discriminação auditiva, pois os estudantes precisam memorizar as letras que são usadas para escrever e associar essas letras aos sons que a representam.
Comentário sobre a questão 2:
Essa resposta É DIFERENTE da concepção de alfabetização adotada na BNCC. A resposta destaca a importância do desenvolvimento de habilidades viso-motoras, memória e discriminação auditiva na alfabetização, mas a BNCC enfatiza o conhecimento do funcionamento da escrita alfabética, a apropriação da ortografia e a interação com práticas de linguagem diversificadas.
(Questão 3 de 5) Leia o texto a seguir, retirado do livro “Ortografia”, de Maria José Nóbrega.

“A ortografia não é apenas um conjunto de normas cujo domínio permite a quem escreve não violar nenhum dos artigos que compõem o Decreto Nº 6.583, de 29 de setembro de 2008, que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Trata-se de um complexo sistema que estabelece os valores que os grafemas podem assumir em função de sua posição na palavra; inclui a uniformização gráfica de prefixos, sufixos, desinências que indicam flexões nominais ou verbais; também a uniformização gráfica de radicais; além de recursos para distinguir palavras homófonas-heterográficas. Um sistema que traz ainda vestígios da história das palavras, já que, apenas funcionalmente, não é possível explicar a ocorrência de todos os grafemas: só a etimologia esclarece alguns usos.

Considerar a ortografia como um sistema tem implicações para seu ensino. Permite criar uma tipologia de erros, uma tipologia de atividades, indicadores de avaliação mais específicos, além de princípios orientadores para a formulação de expectativas de aprendizagem para cada ano do Ensino Fundamental.”

NÓBREGA, M. J. Ortografia. São Paulo: Melhoramentos, 2013, p. 12 (Como eu ensino) 

Sobre o ensino da ortografia no Ensino Fundamental, indique a alternativa que É DIFERENTE das proposições da autora:
O ensino reflexivo de ortografia implica abrir mão de estratégias como o treino ortográfico e a memorização de regras, para tomar os erros como matéria-prima para planejar situações que permitam a descoberta de regularidades ortográficas, a sua sistematização, bem como seu uso na revisão de textos.
Para grafar corretamente as palavras, não é necessário o ensino sistemático da ortografia, é suficiente que os estudantes interajam com os textos autênticos que circulam socialmente para que construam conhecimentos sobre esse sistema, empregando-os, gradativamente, na escrita.
Ao longo do Ensino Fundamental, as habilidades podem ser ordenadas a partir dos tipos de relações grafema-fonema: inicialmente, as relações regulares contextuais, passando pelas regulares morfológico-gramaticais, até o desenvolvimento de estratégias que permitam lidar com os contextos irregulares.
Dadas as propriedades do sistema ortográfico e o processo de apropriação desse sistema, que demanda operações de ordem cognitiva, é produtivo organizar indicadores a partir dos erros dos estudantes para avaliar e monitorar esse processo e tomar decisões sobre o planejamento de atividades.
Comentário sobre a questão 3:
Essa resposta É DIFERENTE das ideias apresentadas pela autora. A resposta afirma que os estudantes podem aprender a escrever corretamente apenas interagindo com textos autênticos, sem a necessidade de um ensino sistemático da ortografia, enquanto a autora defende o ensino reflexivo da ortografia, aproveitando os erros como oportunidades de aprendizado.
(Questão 4 de 5) Qual das seguintes afirmações está alinhada com a importância das competências socioemocionais para os professores de alfabetização? (Fonte: GARCIA, Sandra. Competências socioemocionais na formação de professores: desafios e possibilidades. Revista Brasileira de Educação, v. 25, 2020, p. 1-19)
As competências socioemocionais não têm influência significativa no desempenho dos professores de alfabetização.
A formação dos professores de alfabetização não contempla o desenvolvimento das competências socioemocionais.
O domínio das competências socioemocionais pelos professores de alfabetização é essencial para criar um ambiente de aprendizagem acolhedor.
As competências socioemocionais são exclusivamente responsabilidade dos psicólogos e não devem ser abordadas pelos professores de alfabetização.
Comentário sobre a questão 4:
Conforme mencionado por Garcia (2020), as competências socioemocionais são fundamentais para os professores de alfabetização, pois permitem a criação de um ambiente acolhedor e favorecem o desenvolvimento socioemocional dos alunos. Isso contribui para a construção de relações positivas e para a promoção de um ensino mais efetivo.
(Questão 5 de 5) Na BNCC, a propósito do eixo da Análise Linguística/Semiótica, lê-se:

“O Eixo da Análise Linguística/Semiótica envolve os procedimentos e estratégias (meta)cognitivas de análise e avaliação consciente, durante os processos de leitura e de produção de textos (orais, escritos e multissemióticos), das materialidades dos textos, responsáveis por seus efeitos de sentido, seja no que se refere às formas de composição dos textos, determinadas pelos gêneros (orais, escritos e multissemióticos) e pela situação de produção, seja no que se refere aos estilos adotados nos textos, com forte impacto nos efeitos de sentido.” (p. 78)

Em relação ao ensino de gramática, a posição adotada pela Base permite concluir que:

O ensino de gramática deve ser abolido, já que as habilidades estão voltadas exclusivamente ao desenvolvimento das práticas de leitura, escrita e oralidade.
O ensino centrado na gramática, embora não seja defendido abertamente, deve ser mantido em função das pressões da mídia e do senso comum.
A transmissão dos conteúdos da gramática tradicional deve ceder lugar a um trabalho de reflexão sobre as inúmeras possibilidades expressivas que a língua oferece.
O conhecimento gramatical é pré-requisito para um bom desempenho linguístico: o pouco domínio desses conteúdos explica os frágeis resultados obtidos nas avaliações externas.
Comentário sobre a questão 5:
A BNCC indica que o ensino de gramática não deve ser centrado apenas na transmissão de regras e normas gramaticais, mas sim em um trabalho que promova a reflexão sobre a língua, considerando suas diversas possibilidades expressivas. A ênfase está no desenvolvimento das práticas de leitura, escrita e oralidade, buscando uma abordagem mais contextualizada e significativa para o ensino da gramática.
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